Embora os Cálculos Renais sejam um problema muito comum na população mundial, a maioria das pessoas recorre ao urologista somente quando há complicação, a famigerada cólica.
Explicamos num post anterior desta série o que é e por que ocorrem Cólicas Renais mas não falamos muito sobre as causas da formação dos cálculos, os fatores de risco para sua formação ou sua frequência na população.
Por isso esta série foi criada. Para discutir um pouco esses temas, de assuntos extensos, complexos e cansativos de forma mais leve. Pouco a pouco entenderemos mais sobre Pedras nos Rins.
Epidemiologia
Para justificar sua atenção, ressaltamos que 10-15% das pessoas apresentam cálculos renais. Assim sendo 1 em cada 7-10 pessoas tem ou teve Pedras nos Rins. Provavelmente você conhece alguém.
Fatores de risco
Tratemos de quem tem mais risco de desenvolver pedra nos rins.
Gênero: homens tem mais litíase renal que mulheres na proporção de 2-3:1. Na população negra entretanto, homens tem menos cálculos que mulheres na proporção 0,65:1.
Raça: brancos tem mais cálculos que hispânicos, asiáticos e negros – esses têm uma frequência que corresponde a 44% da dos brancos.
Idade: Cálculos Renais são incomuns antes dos 20 anos e seu pico de incidência é entre 40 e 60 anos.
Geografia: climas quentes e secos como montanhas, desertos e regiões tropicais com efeito levam a maior ocorrência de pedras nos rins.
Ocupação: profissões com exposição a altas temperaturas como cozinheiros ou siderúrgicos. Estudos mostram que nessas profissões o volume de urina é menor, pH da urina é mais baixo, há maiores níveis de ácido úrico e maior densidade na urina. Além disso pedras são mais comuns em pessoas com profissões sedentárias.
Peso e Índice de Massa Corpórea (IMC): estar acima do peso pode ser algo mais complexo do que imaginamos. Estar com quilos a mais leva a pH urinário mais baixo e a formação de cálculos de ácido úrico. Esse efeito é mais pronunciado em mulheres.
Ingestão de líquidos: embora seja altamente divulgada, vale a pena ressaltar essa informação. Ingerir líquido para conseguir urinar ao menos 2L por dia diminui a formação de cálculos. Com a finalidade de demonstrar isso, Borghi e colaboradores fizeram um estudo e compararam a recorrência de cálculos em pacientes que receberam e não receberam orientações para aumentar a ingestão de líquidos. Os orientados tiveram recorrência de 12% e os não orientados 27%.
Qual a composição dos Cálculos Renais?
Cálculos de Cálcio
Os cálculos renais mais comuns são os que contém cálcio. Assim sendo, eles compões mais de 80% das litíases.
Cálculos de Oxalato de Cálcio: (60%) Mono-hidratados e Di-hidratados
Fosfato de Cálcio: (22%) Apatita e Bruxita
Cálculos sem Cálcio
Fosfato Amônio Magnesiano: Estruvita (7%)
Ácido Úrico: (7%)
Cistina: (1-3%)
Demais: menos de 1%
Em tempo, entender a composição dos cálculos em seu caso faz total diferença no diagnóstico, tratamento e seguimento.
No IUP não tratamos simplesmente o cálculo que está dando dor agora. Mas queremos que você se livre de sua cólica renal a longo prazo e tenha uma vida prazerosa sem se lembrar dela. Esperamos cada vez mais prevenir e mitigar os impactos dos cálculos na vida das pessoas.
Posts originais no Blog do Dr. Tiago Aguiar.
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