Taí uma queixa freqüente e crescente no consultório. Mas será que há fundamentos nisso?
Os níveis diminuídos de testosterona podem levar a uma série de sinais e sintomas, como por exemplo, Disfunção Erétil e Diminuição do Desejo Sexual. Por isso, muitos homens procuram o urologista por acreditarem que seu problema é a diminuição da testosterona. Mas isso nem sempre é verdadeiro!

Como tratada em Impotência Sexual e o Iceberg, a disfunção erétil é multifatorial. Assim sendo, etiologias ou causas circulatórias, metabólicas, neurológicas, hormonais, medicamentosas e psicológicas podem estar envolvidas. Com isso, a testosterona é uma pequena parte que pode contribuir na Disfunção Erétil.
Também relacionada a diferentes etiologias está a Diminuição do Desejo Sexual. Dentre elas: depressão, estresse pós-traumático, insuficiência renal, doença coronariana, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico, DSTs e AIDS, transtornos alimentares, disfunção erétil, parceira disfuncional, conflitos do casal, medicamentos e alterações hormonais. Desta forma, o raciocínio linear que liga a Diminuição do Desejo Sexual e/ou Disfunção Erétil a baixos níveis de Testosterona é equivocado.
Distúrbio Androgênico de Envelhecimento Masculino: DAEM
Embora sujeitos de todas as idades procurem o urologista para saber sobre sua testosterona, os pacientes que mais buscam informações sobre seu status hormonal são os de meia idade e idosos. Certamente isso tem um porquê. Todos nós envelhecemos, pelo menos por enquanto. Existem mudanças em nosso organismo que são graduais, mas em algum momento são perceptíveis, entre elas a disposição para relações sexuais. Com efeito, o Desejo Sexual é diferente e as ereções não são iguais quando comparamos homens com mais idade e os jovens. O urologista poderá avaliar e orientar o que faz parte do nosso envelhecimento normal e o que pode eventualmente estar fora do esperado.
DAEM ou Distúrbio Androgênico de Envelhecimento Masculino é uma síndrome clínica e bioquímica associada com o envelhecimento masculino não saudável. Caracteriza-se por sinais e sintomas em múltiplos órgãos, além de impacto negativo na qualidade de vida, decorrentes da diminuição dos níveis séricos de testosterona.
A Testosterona ao Longo da Vida
O homem que envelhece de modo saudável tem um declínio natural da testosterona conforme os anos passam – cerca de 1-2% ao ano. Essa queda nos níveis do hormônio, não é o responsável por piora em sua qualidade de vida sexual. Há um pico da testosterona ao redor dos 20 anos de idade e uma diminuição de sua concentração ao longo da vida. Desta forma, o homem idoso chega a ter seus níveis de testosterona próximos aos 300ng/dL.
Testosterona Baixa – O que acontece?

De fato existe uma relação entre níveis de testosterona e sintomas. Conforme a concentração diminui, os sintomas aparecem:
Testosterona baixa contudo, não tem relação apenas com desempenho sexual. Os testículos diminuem de tamanho, pode haver crescimento da mama (ginecomastia), há perda de massa muscular e diminuição de pêlos.
Ressalta-se a associação com Obesidade, Diabetes tipo 2, síndrome metabólica e sedentarismo — que em associação levam a um ciclo vicioso, de baixa Testosterona,
Sintomas cognitivos e psico-vegetativos também podem ter relação com a queda da Testosterona. Dentre eles:
- Ondas de calor,
- Alteração no humor, fadiga,
- Irritação,
- Distúrbios no sono,
- Depressão,
- Diminuição da capacidade cognitiva.
Há ainda diminuição da Densidade Mineral Óssea/Osteoporose, e assim, fraturas ocorrem com traumas de pequena intensidade. Acredita-se que até um terço dos idosos tem anemia sem uma explicação clara. Dados observacionais sugerem relação entre níveis baixos de testosterona e anemia.
Quais então são os sinais de alerta para Testosterona Baixa?

Ter os sinais de alerta não implica necessariamente em declínio da Testosterona. Assim, a presença deles, deve levar o paciente ou profissional da saúde a buscarem outros comemorativos clínicos. Além disso a dosagem de testosterona deve ser considerada.
Sinais de baixa testosterna:
- Disfunção Sexual;
- Obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2 e Obesidade;
- Doenças da região hipotálamo-hipofisária, inclusive após tratamento com radioterapia;
- Uso de crônico de medicações que podem afetar a fisiologia normal da Testosterona;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) moderada e severa;
- Infertilidade;
- Osteoporose ou fraturas com traumas de pequeno impacto;
- Pacientes com HIV e sarcopenia (perda de massa muscular).
Em síntese a diminuição da testosterona é um fenômeno complexo. Suas causas são muitas e seus efeitos em nosso organismo envolvem múltiplos órgãos.
Futuramente trataremos um pouco mais dessa abordagem e tratamento. Se os sinais de alerta chamaram sua atenção, não deixe de procurar seu urologista no IUP e receber uma atenção integral a seus problemas.
Post original no blog do Dr. Tiago Aguiar
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