Ressonância Magnética para a Próstata

Ressonância Magnética para a Próstata

O uso da Ressonância Magnética para avaliação da próstata tem seu início na década de 1980. Contudo, como qualquer nova ferramenta na medicina, sua relevância cresce progressivamente. Conforme os estudos são desenvolvidos e mostram a importância de novas técnicas, elas vão sendo incorporadas à prática clínica.

Embora pareça um desenvolvimento 'lento', este tipo de processo detalhado de testes pré-adesão visa sempre, e acima de tudo, proporcionar segurança aos pacientes em seus tratamentos.

Como é o exame de RMMP?

Diferente de uma simples Ressonância da Pelve, o exame chamado Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata (RMMP) mostra a morfologia da próstata, sua forma e conteúdo, e avalia alguns parâmetros específicos para a detecção do Câncer de Próstata.

Encontram-se entre esses parâmetros:

  • o realce dinâmico pelo contraste;
  • a restrição à difusão;
  • a espectroscopia.

É interessante saber que o exame pode detectar e localizar lesões suspeitas de Câncer, dar suas características, mostrar se o tumor está saindo da próstata e a relação dele com os órgãos adjacentes, direcionando uma biópsia e avaliando se há recidiva do Câncer após o seu tratamento.

Ressonância Magnética para a Próstata

Quais são as indicações da Ressonância Magnética para avaliação da Próstata?

Em apoio ao diagnóstico e o tratamento do Câncer de Próstata, suas principais indicações são:

  • Paciente com suspeita de câncer de próstata, por alteração no PSA ou no exame de toque retal;
  • Paciente com suspeita de tumor na Próstata, que foi submetido à biópsia previamente, porém o resultado foi negativo;
  • Paciente com diagnóstico de neoplasia de Próstata de baixo risco e, de acordo com sua opção, realiza seguimento vigiado;
  • Paciente com diagnóstico de câncer de próstata, para estadiamento local e linfonodal, ou seja, ver a relação do tumor com as estruturas ao seu redor e se ele pode ter afetado algum gânglio na pelve;
  • Paciente que já foi submetido a algum tratamento para neoplasia de próstata, contudo está com suspeita que ele tenha voltado.

Câncer de Próstata de Baixo Risco e a RMMP

Para entender alguns benefícios da RMMP é importante termos o conceito de Câncer de Próstata de Baixo Risco.

Ocorre que nem todas as neoplasias de próstata necessitam tratamento, uma vez que alguns tumores crescem tão lentamente, que podem nunca trazer problemas ao paciente. Por isso, em alguns casos, fazemos o chamado seguimento vigiado, isto é, acompanhamos o tumor para ver se ele está se comportando conforme o esperado. Para o propósito de fazer essa vigilância a RMMP ajuda bastante.


RMMP na detecção do Câncer de Próstata

De forma análoga ao pensamento de que alguns tumores não precisam ser tratados, em princípio, não há por que alguns tumores serem diagnosticados. Nesse sentido, a RMMP reduz a detecção de tumores de baixo risco, enquanto detecta com qualidade os tumores significativos.

Quando se faz biópsia com auxílio da RMMP, com efeito, aumenta-se a detecção de tumores de próstata significativos em 20-30%.  Assim também, quando o paciente já realizou uma biópsia previamente, e ela foi negativa, esse ganho pode chegar a 40-50%.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA PARA A PRÓSTATA

Então, quando fazer a Ressonância para diagnosticar o Câncer de Próstata?

Conforme a orientação da Associação Europeia de Urologia (EAU), o momento para a realização do exame é antes de se realizar a biópsia prostática, isto é, no paciente com suspeita de Câncer de Próstata pelo PSA e/ou Toque Retal. Então, se o resultado da ressonância for positivo, realizar uma biópsia de próstata sistemática – retirada de pequenos fragmentos de toda a próstata; combinada com biópsia direcionada para a lesão suspeita. Por outro lado, se o resultado for negativo, pode-se, em decisão compartilhada com o paciente, optar por não realizar a biópsia no momento e continuar o acompanhamento.


Enfim, cada vez mais a Ressonância Magnética para avaliação da Próstata ganha espaço no diagnóstico e seguimento dos tumores prostáticos. Sem dúvida, o corpo clínico do IUP acompanha as novidades da Urologia e está sempre prontos para lhe proporcionar o melhor atendimento possível em relação às doenças da Próstata.

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